Mudança do clima

Atuação propositiva dos negócios na construção de uma sociedade de baixo carbono e climaticamente resiliente.

Para informações sobre os Riscos e Oportunidades Climáticas acesse o tópico TCFD

KODS 2030
 

Reduzir as emissões de GEE do escopo 1 e 2 em 25% por tonelada de celulose, papel e embalagens até 2025, e 49% por tonelada de celulose, papel e embalagens até 2035.
 

Percentual de redução de emissões
 

2021 2022 2023 (Prévia) Meta 2025 Meta 2035
10.3% 14.3% 22.7% 25% 49%
 

Em 2023, ocorreu a redução do consumo de gás natural nas unidades de Franco da Rocha e Paulínia, a substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis e a implementação total da gaseificação da biomassa na unidade Puma. Além disso, iniciou-se o uso do bio óleo em dois fornos de cal na unidade de Monte Alegre.

É válido ressaltar que essas iniciativas alinham-se com as metas baseadas aprovadas pelo SBTi (Science Based Targets initiative) em maio de 2021. As metas estabelecem uma redução de 25% nas emissões de escopo 1 e 2 por tonelada de celulose, papel e embalagens até 2025 e a redução de 49% nas emissões até 2035, considerando 2019 como ano base.

No decorrer do ano, foram realizados três testes de substituição de bio óleo nos fornos de cal, sendo dois no forno N2 e um no forno N1, todos alcançando 100% de substituição.
 

 

KODS 2030
 

Captura líquida de 45 milhões de toneladas de CO₂eq da atmosfera entre 2020 e 2030.
 

Quantidade de toneladas de CO₂eq capturadas da atmosfera (Em milhões de toneladas de CO₂eq)

2021 2022 2023* (Prévia) Meta 2030
9.46 14.68  19.90 45.00
 

*Valor referente a 2022. Os inventários de GEE e Florestal de 2023 serão calculados no ano de 2024.

Devido ao acréscimo de 15% na base florestal da Klabin em 2022, houve aumento significativo tanto do volume de carbono captado pelas florestas plantadas quanto do volume estocado nas florestas nativas conservadas.

Contratação de metas por executivos ligados ao tema
 

  2022 2021
Gestores 23,0% 2,7%
Diretores 100,0% 50,0%
Total de executivos 200 30

 

Balanço de carbono

  Unidade 2022¹ 2022 2021 2020
Balanço (Captura - Emissão) kt CO2eq 1.956,69 5.481,06 4.958,71 4.506,68
Captura (Floresta plantada + Estoque Nativo) kt CO2eq 13.123,08 13.123,08 12.183,85 11.122,10
Floresta plantada (captura de CO2 do crescimento das árvores plantadas em 2022) kt CO2eq 9.798,71 9.798,71 9.323,13 8.447,07
Estoque Nativo (CO2 estocado pelo crescimento das florestas nativas em 2022) kt CO2eq 3.324,37 3.324,37 2.860,72 2.675,03
Emissão (Escopo 1+2+3) kt CO2eq -11.166,39 -7.642,02 -7.225,14 -6.615,42
Escopo 1   -7.045,35 -7.045,35 -6.669,59 -6.199,76
Combustão (fixa e móvel, emissões fugitivas, processos rurais e industriais) kt CO2eq -773,93 -773,93 -783,79 -703,83
Biogênicas (combustão de biomassa) kt CO2eq -6.271,42 -6.271,42 -5.885,80 -5.495,93
Escopo 2   -265,70 -265,70 -270,93 -202,19
Biogênicas (consumo de biocombustível) kt CO2eq -260,67 -260,67 -251,03 -124,42
Compra de energia kt CO2eq -5,03 -5,03 -19,9 -77,77
Escopo 3   -3.855,34 -330,97 -284,62 -213,47
Bens e serviços comprados, combustíveis e energia, transporte e distribuição upstream, destinação de resíduos, deslocamento de funcionários e viagens a negócios kt CO2eq - -313,94 -266,93 -192,06
Bens e serviços comprados, combustíveis e energia, transporte e distribuição upstream, destinação de resíduos, deslocamento de funcionários, viagens a negócios, transporte e distribuição downstream, processamento de produtos vendidos e tratamento de fim de vida kt CO2eq -3.838,13 - - -
Biogênicas (consumo de biocombustível) kt CO2eq -17,21 -17,03 -17,69 -21,41

Metodologia: GHG Protocol Brasil, verificado por terceira parte

¹Esta coluna considera o escopo 3 conforme o estudo mais amplo de identificação e contabilização das categorias relevantes do escopo 3, realizado pela Klabin. A coluna ao lado considera os valores das categorias do escopo 3 antes desse estudo de ampliação.

Redução de emissões específicas (2003-2022)

Houve uma redução de 68% no período de 2003 - 2022.
 

GRI-305-1 SASB-RR-PP-110a.1 SASB-RT-PP-110a.1

Emissões diretas (Escopo 1) brutas e biogênicas de GEE (ton CO2e)

  Unidade 2022 2021 2020 2019 2018
  Emissão bruta Emissão biogênica Meta do ano Emissão bruta Emissão biogênica Meta do ano Emissão bruta Emissão biogênica Emissão bruta Emissão biogênica Emissão bruta Emissão biogênica
Emissões diretas de GEE (por controle operacional e financeiro) t CO2e  773.934,08   6.271.416,70   731.739,90  783.791,71 5.885.796,97 757.580,40 703.830,51 5.495.936,23 713.885,93 5.231.190,87 668.952,44 5.011.972,26
          11%                


A redução de 1,4% nas emissões de escopo 1 ocorreu, principalmente, devido à diminuição do consumo de óleo combustível nos fornos de cal das unidades Puma e Correia Pinto. Esse resultado se deve, principalmente, à start-up da planta de gaseificiação de biomassa do Projeto Puma II e à utilização de bio-óleo nos fornos de cal de Correia Pinto.

SASB-RT-PP-110a.1

Percentual de emissões coberta por regulamentos
 

2022 2021 2020
82,2% 82,2% 81,3%

As unidades paulistas de Angatuba, Piracicaba, Jundiaí, Franco da Rocha, Suzano e Paulínia, assim como aquelas localizadas no Paraná, estão cobertas pelo sistema de regulação do órgão ambiental estadual, considerando a necessidade de publicação do registro anual de emissões de gases de efeito estufa.

GRI-305-2 SASB-RT-PP-110a.1

Emissões indiretas (Escopo 2) de GEE provenientes da aquisição de energia (ton CO2e)

  Unidade 2022 2021 2020 2019 2018
Valor Meta do ano Valor Meta do ano Valor Valor Valor
Emissões indiretas da aquisição de energia t CO2e  5.025,43   19.603,60   19.903,56   26.138,20   30.141,95   95.674,19   87.791,49 
Método de localização t CO2e  136.962,73    158.189,50   77.768,00 95.674,19 87.791,49
Emissões indiretas da aquisição de energia pelo Método de escolha de compra t CO2e   5.025,43    19.903,56 26.138,20 30.141,95 39.207,3 36.448,5
% de compra de energia renovável % 100%   97%   62% 61% 61%

Explicação 2022: (Ano-base 2003, primeiro ano em que realizamos a quantificação das emissões de CO2 da Klabin S.A.).

A partir de 2020, optou-se por utilizar como metodologia princial para a mensuração de emissões indiretas (escopo 2) a de escolha de compra. Nos anos anteriores, o método prioritário era o de localização. Em 2022, a Klabin comprovou a aquisição de energia elétrica de fontes renováveis por meio de autodeclarações e IRECs emitidos pela Copel, o que fez com que a Companhia atingisse 100% de compra desse tipo de energia e a consequente redução de emissões de escopo 2.

GRI-305-3

Outras emissões indiretas (Escopo 3) de GEE (ton CO2e)

  Unidade 2022 2021 2020 2019 2018
Emissão bruta Emissão biogênica Emissão bruta Emissão biogênica Emissão bruta Emissão biogênica Emissão bruta Emissão biogênica Emissão bruta Emissão biogênica
Total de emissões de escopo 3 t CO2e    3.838.134,95    17.205,11   493.933,07  17.685,31 456.879,85 21.788,53 447.352,81 21.830,46 170.465,99 15.760,52
Bens e serviços comprados t CO2e  710.355,20    113.102,94   85.282,25          
Atividades relacionadas a energia não incluídas nos escopos 1 e 2 t CO2e   88.607,43    2.488,18 287,41 2.296,17 269,35        
Transporte e distribuição (upstream) t CO2e   74.194,67    6.926,64  374.407,86 17.027,49 367.581,24 21.417,89 444.112,74 20.551,09 62.558,65  
Resíduos gerados na operação t CO2e  587,47   83,67  595,98   412,3   356,18   413,18  
Viagens a negócio t CO2e  1.897,06    408,13   413,97   938,9   729,74  
Deslocamento de funcionário (casa-trabalho) t CO2e  15.694,43    2.929,98 370,41 893,92 101,29 1.944,99 1.279,37 2.363,61  
Transporte e distribuição (downstream)* t CO2e   383.603,83   10.194,81              104.378,81  
Processamento de produtos vendidos t CO2e  2.276.239,53                   
Tratamento de fim de vida de produtos vendidos t CO2e  286.955,33                   

 

 

 

 Em 2022, a Klabin realizou um estudo bem mais amplo de identificação e contabilização das categorias relevantes do escopo 3, buscando definir as mais relevantes para a companhia, baseado na evolução dos entendimentos e definições sobre este escopo.
As categorias de bens e serviços comprados (categoria 1) e atividades relacionadas à combustíveis e energias não incluídas no escopo 1 e 2 (categoria 3) foram ampliadas considerando, no mínimo, 90% das emissões relevantes dessas categorias. Esse estudo levou em consideração a pegada de carbono dos estudos já realizados pela Klabin para identificação dos insumos e matérias primas mais carbono intensivas.
As emissões da categoria de transporte e distribuição foram segregadas entre a categoria 4 (upstream) e a categoria 9 (downstream), como era feito até 2019.
Além disso, a Klabin inseriu duas novas categorias em seu escopo 3, a categoria de processamento de produtos vendidos (categoria 10) e a categoria de tratamento de fim de vida (categoria 12). As emissões da categoria 10 consideram as emissões do processamento de produtos intermediários vendidos pela Klabin aos clientes, como as celuloses de fibra curta e fibra longa, e os papéis kraftliner e cartão. Essa categoria considerou 100% dos produtos intermediários comercializados no ano e fatores de emissão secundários disponíveis no EcoInvent. Já as emissões da categoria 12 consideram 100% das emissões de tratamento de fim de vida dos produtos finais vendidos pela Klabin, como as embalagens e os sacos industriais, e a taxa de reciclagem de embalagens de papel de 86,3% (Ibá, 2022). 
Todos os fatores de emissão considerados neste estudo de expansão do escopo 3 consideraram fontes secundárias (EcoInvent). A partir de 2023, a Klabin focará na estratégia de engajamento da cadeia de valor e iniciou um trabalho de aproximação, capacitação e engajamento de seus fornecedores e clientes relevantes.

GRI-305-1 GRI-305-2 GRI-305-3 GRI-305-5 SASB-RR-PP-110a.1 SASB-RT-PP-110a.1

Metodologia utilizada para o cálculo dos indicadores, incluindo fatores de emissão e potencial de aquecimento global (GWP): Programa Brasileiro GHG Protocol.
Abordagem de consolidação das informações: controle operacional.
GEE incluídos no cálculo das emissões diretas (escopo 1) e indiretas (escopos 2 e 3): CO2, N2O, CH4 e HCFCs.
O ano-base escolhido: 2003, o primeiro em que a Companhia quantificou emissões de CO2.

SASB-RR-PP-110a.2

Metas de redução de emissões de GEE

  Unidade 2022 2021 2020 Meta de redução (2025)
Meta de redução de emissão absoluta (escopo 1) % -3,0% 13,0% -6,0% -13,6%
Meta de redução de emissão absoluta (escopo 3) %        
Meta de redução de emissão específica (escopo 1 + escopo 2) % -12,4% -8,3% -4,1% -25,0%

GRI-305-5 GRI-103-2 SASB-RR-PP-110a.1 SASB-RT-PP-110a.1

Comentários sobre desempenho geral
 

Escopo 1: em 2022 houve redução de 1,5% das emissões de escopo 1. É possível relacionar o resultado ao aumento de 7% na participação dos combustíveis renováveis, na combustão estacionária, na redução do consumo de combustíveis fósseis e de compostos nitrogenados na implantação das florestas. Houve aumento de 7% nas emissões biogênicas de escopo 1, devido à queima de biomassa e de licor preto nas caldeiras. Considerando a intensidade, as emissões específicas reduziram de 155 para 148 kgCO2e/t.

Escopo 2: no mesmo período, cairam 13% as emissões referentes à energia comprada na abordagem por localização, comparada a 2021, devido à alteração no fator de emissão do SIN. Se considerarmos a abordagem por escolha de compra, as emissões de escopo 2 totalizam uma redução de 75%. 100% da energia comprada foi oriunda de fontes renováveis certificadas.

Escopo 3: houve um aumento de 3% nas emissões de escopo 3, principalmente impactadas pela aquisição de bens e serviços e pelo deslocamento de colaboradores (casa-trabalho), cuja contabilização utiliza dados primários.

Reduções das atividades combinadas

  Unidade 2022 2021 2020
Saving estimado no ano t CO2e  50.590,50  26.675,00 131.988,97
Investimento anual necessário R$  141.486.000,00  57.800.000,00 54.978.847,91
Economia total de custo anual prevista R$  2.023.620,00  2.322.000,00 22.996.557,58
Período de payback n° anos  6,3 anos  6,3 anos 6 anos

 

Tratam-se das metas adotadas pela Klabin para reduzir as emissões derivadas de suas atividades (escopo 1) e emissões específicas (escopo 1 e 2). Em 2022, o investimento considerado foi o projeto de gaseificação de biomassa com redução prevista de mais de 50 mil tCO2e, considerando o CAPEX, VPL e payback do projeto que são informações vindas da Curva de Custo Marginal de Abatimento (MACC) da Klabin.

 

Emissões de produtos classificados como baixo carbono (low carbon) ou que permitam que terceiros evitem emissões de GEE

  2022 2021 2020
Tipo Nível de agregação % da receita total do produto Emissão evitada total em 2021 (ton CO2e) Nível de agregação % da receita total do produto Emissão evitada total em 2021 (ton CO2e) Nível de agregação % da receita total do produto Emissão evitada total em 2020 (ton CO2e)
Produtos baixo carbono Em toda a empresa     100%  9.798.708,00  Em toda a empresa 100% 9.323.134,00      
Emissões evitadas para terceiros Produto     1%  203.651,31  Produto 1% 228.963,46      

Tratam-se de iniciativas que as empresas adotam para reduzir as emissões derivadas de suas atividades – seja diretamente por meio de seus produtos ou por meio do fornecimento de produtos ou serviços a terceiros para reduzir suas próprias emissões. Em 2022, foram contabilizadas remoções florestais das áreas plantadas que impactam na pegada de carbono dos nossos produtos, além de emissões evitadas para terceiros, contabilizadas a partir da venda de energia da unidade Puma.

 

Preço interno de carbono da organização

Escopo das emissões Escopo 1
Tipo de preço interno de carbono - Preço sombra;
- Preço implicito
Aplicação Unidades de negócio selecionadas
Preço (por tCO2e) R$40,00/ton 
Abordagem de fixação de preços Recursos externos

GRI-305-7 GRI-103-2

Evolução do desempenho*

Material 2022 2021 2020
NOx 5% -4% 11,70%
SOx -22% -66% -17,70%
MP -59% -16% 4,63%

*Em relação ao ano anterior

A Klabin aplica os requisitos legais federais a todas as fontes de emissões, exceto nas unidades em que há legislação estadual específica e/ou limites de emissões condicionados nas licenças ambientais. A seleção dos limites de emissões obedece à legislação do estado em que a unidade está localizada. No ano de 2022, destacam-se os seguintes pontos relevantes:

1- Aumento das emissões NOx (+5%) no segmento de Papéis e Celulose.
2- Redução das emissões SOx (-22%) no segmento de Papéis e Celulose.
3- Redução das emissões de MP (-59%) no segmento de Papéis e Celulose. No ano, começou a operação do novo precipitador eletrostático da caldeira de força (CF8), em Otacílio Costa, e na caldeira de recuperação (CR2), em Correia Pinto. Com os novos equipamentos foi possível reduzir as emissões atmosféricas e melhorar a qualidade do ar da região.

GRI-305-7 SASB-RR-PP-120a.1 SASB-RT-CP-120a.1

Emissões atmosféricas de NOx, SOx e outras emissões significativas*

  Unidade 2022 2021 2020 2019 2018
NOx t  4.930,19  4.696,49 4.885,27 4.654,33 4.374,83
NOx (excluindo N2O) t          
SOx t  614,96  784,26 2.313,91 4.036,17 2.813,06
Compostos Orgânicos Voláteis (COV) t  7,51  1,02 50,45 31,08 18,05
Material particulado (MP) t  1.901,05  4.609,45 5.485,70 5.178,12 5.243,06

 

Fatores de emissão, normas, metodologias e premissas

Os fatores de emissão são referentes à somatória dos resultados das campanhas de monitoramento de emissões atmosféricas das fontes de emissões da Klabin, realizado a partir de monitoramentos isocinéticos. Essas informações constam de relatórios de amostragem feitos por laboratórios terceirizados, acreditados para a execução desse serviço. Para esses gases, a medição é conduzida diretamente nas chaminés, mensurando as concentrações e vazões dos gases. O valor absoluto é calculado a partir da taxa de emissão, extrapolada para o ano todo.

As amostragens realizadas seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e utilizam a metodologia de monitoramento isocinético e outras referências da Cetesb.

Poluentes orgânicos persistentes (POP) e poluentes atmosféricos perigosos (HAP, na sigla em inglês) não foram determinados como condicionantes legais para o negócio.

Para essa questão ver TCFD.

A gestão das mudanças climáticas faz parte da estratégia da Klabin, sendo integrada à agenda de riscos e oportunidades para os negócios da Companhia e de seus stakeholders. Seguimos as diretrizes para a gestão de mudanças climáticas – mitigação e adaptação. Entre os principais norteadores, está o Business Ambition for 1,5º C, campanha global da Organização das Nações Unidas (ONU), e o compromisso em reduzir emissões considerando a ciência e a neutralidade até 2050.

A Companhia possui um histórico de investimentos e de adoção de tecnologias de baixo carbono, o que permitiu que nos últimos anos (2003 – 2022) houvesse uma redução de mais de 68%* na emissão de CO2 equivalente por tonelada de produto gerado. Reforça-se que entre os Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável (KODS) está o compromisso de desenvolver metas de redução de carbono baseadas na ciência. Isso significa que Klabin adota metas desafiadoras e aprovadas pela Science Based Target initiative (SBTi), alinhadas ao desafio global de limitar o aumento médio de temperatura conforme o Acordo de Paris.

Em 2021, a Companhia lançou a campanha Impacto NetZero, com a Rede Brasil do Pacto Global. Seu intuito é engajar o setor privado e a sociedade civil na urgência de desenvolver ações concretas voltadas ao combate às mudanças climáticas, reduzir ao máximo as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e neutralizar o saldo, zerando totalmente seu balanço até 2050.

Na linha de adaptação ou riscos/oportunidades do clima, a Companhia segue as recomendações do Task Force on Climate-Related Financial Disclosure. Em 2020, a Klabin tornou- se TCFD Supporter, implementando e aprimorando ações nos pilares de governança, estratégia, gestão de riscos e metas/métricas.

*Desde 2019, a Klabin passou a considerar as emissões de escopo 2 a partir da metodologia baseada na escolha de compra.


GRI-3-3 SASB-RR-PP-110a.2 SASB-RT-CP-110a.2

Mecanismos e ações adotadas

A curva MACC da Klabin permite a avaliação a médio e longo prazos de outras tecnologias para reduzir as emissões de carbono. Ela possibilita a priorização das medidas de mitigação e resiliência climática organizadas por uma métrica única e compreensível: o custo econômico da redução de emissões. É possível avaliar/comparar: (i) o custo da regulamentação; e (ii) o custo do investimento em tecnologia de baixo carbono. A partir dessa análise, entende-se que, para a Klabin, é mais atraente economicamente investir em tecnologias de baixo carbono do que pagar uma taxa de carbono ou comprar uma permissão para emitir.

Em 2019, a Klabin adotou a precificação interna de carbono a partir do estabelecimento de um preço sombra, a fim de se preparar e reduzir os possíveis impactos da regulação do carbono no Brasil. Além da análise do impacto financeiro de um possível sistema de cap-and-trade ou da taxação de carbono no Brasil, a empresa avalia uma série de tecnologias de baixo carbono em médio e longo prazos.

Em 2020, a Klabin tornou-se TCFD Supporter, comprovando seu engajamento em ações que denotam transparência, responsabilidade com a sustentabilidade e orientação de negócios relacionados às mudanças climáticas do planeta. A TCFD (sigla em inglês para Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima) é um conjunto de recomendações desenvolvido pelo Financial Stability Board (FSB) para que as empresas incorporem os riscos e as oportunidades relacionados ao clima às suas estratégias e divulgações financeiras. Para a Klabin, apoiar a TCFD e aperfeiçoar a adoção de suas recomendações ajudará na transparência e na comunicação com os seus públicos, especialmente os investidores. A Companhia adota medidas para identificar e mitigar os riscos climáticos, bem como para explorar as oportunidades. A área de pesquisa, desenvolvimento e inovação Florestal, por exemplo, investe em biotecnologia para o desenvolvimento e o teste de clones de pínus e de eucaliptos mais resistentes às alterações climáticas. Pelo lado da oportunidade, a valorização da energia renovável é importante para gerar retornos aos investimentos da empresa, já que a Unidade Puma disponibiliza ao sistema elétrico brasileiro um relevante superávit de produção de energia renovável. A Companhia também monetiza essa energia limpa com a geração e a negociação de certificados de energia renovável – IREC.

Além disso, em 2021, a Klabin teve as suas metas de redução de emissões de GEE aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi). Esta iniciativa estabelece métodos e ferramentas para que as empresas instituam metas de redução de emissões baseadas na ciência. O compromisso da Companhia, divulgado hoje pela SBTi, estabelece a redução das emissões de GEE (escopo 1 – emissões próprias - , e escopo 2 – emissões da energia comprada) por tonelada de celulose, papéis e embalagens em 25% até 2025, e em 49% até 2035, tendo 2019 como ano base.

A iniciativa SBTi é uma parceria entre o Carbon Disclosure Protocol (CDP), o Pacto Global da ONU, o World Resources Institute (WRI) e o WWF, e busca impulsionar ações climáticas no setor privado por meio da ciência. O compromisso com o desenho de metas de redução de emissões contribuiu para que a Klabin fosse a única empresa brasileira convidada para integrar o COP26 Business Leaders, grupo responsável por difundir e engajar o setor privado no tema das mudanças climáticas. A empresa se comprometeu, ainda em 2019, com a Campanha Business Ambition for 1.5º C – Our only future, liderada por agências da ONU e pela SBTi e, mais recentemente, aderiu ao movimento Race to Zero.

Vale ressaltar ainda que, em 2022, a Klabin conquistou o Triple A do CDP pelo segundo ano consecutivo, atestando a sua liderança nos assuntos relacionados à segurança hídrica, florestas e mudanças climáticas.

 

GRI-3-3 SASB-RR-PP-110a.1 SASB-RT-CP-110a.1

Riscos relacionados às metas

O risco de resultados inconsistentes na agenda climática pode impactar a imagem e os negócios da Companhia, ocasionando, inclusive, a perda de investimentos. Esse é um dos itens integrados na avaliação do gerenciamento de riscos e atualizado em reuniões com membros do Comitê de Sustentabilidade, do Comitê de Riscos e Controles Internos e do Conselho de Administração, que discutem mudanças e adequações nesse tema. Outro elemento que faz parte desse gerenciamento é a reputação, por isso, a Klabin monitora constantemente sua imagem nos diversos meios de comunicação. A empresa tem uma excelente percepção de imagem socioambiental e climática no mercado, fato diretamente relacionado à manutenção de certificações como a FSC e a ISO 14.001. Também influencia nessa percepção, a inclusão da Companhia na Triple A List do CDP, pelo segundo ano consecutivo, colocando-a como a primeira empresa da América Latina a integrar esse seleto grupo. Além disso, a empresa tem compromissos públicos relevantes com o clima, como o atendimento às diretrizes da TCFD, o compromisso com a campanha global Business Ambition for 1.5C e com o Pacto Global; além das metas climáticas aprovadas: (i) atingir as metas acordadas com a Science-Based Targets Initiative; (ii) 100% de compra de energia certificada de fontes renováveis; (iii) reduzir o uso de combustíveis fósseis para ter uma matriz energética que seja 92% renovável. Além disso, desde 2013 a empresa participa do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores do Brasil (B3).

 

SASB-RR-FM-450a.1

Riscos e oportunidades para o manejo florestal e produção de madeira relacionados ao clima

Os riscos e as oportunidades do clima estão inseridos nos processos de gestão e tomada de decisão da Companhia, especialmente naqueles relacionados ao manejo florestal, pela sua relevância para o negócio.

A área de pesquisa florestal da Klabin – Departamento de eficiência e ecofisiologia – monitora possíveis cenários climáticos futuros, desenvolvendo uma modelagem de dados relacionada aos parâmetros climáticos e avaliando seus impactos nas florestas plantadas. Com isso, recomenda as medidas necessárias em caso de efeitos adversos. Entre os potenciais riscos mapeados está, por exemplo, o aumento da temperatura na região do Paraná, onde se localizam as principais áreas florestais da Klabin.

Esse aumento de temperatura pode trazer impactos negativos, como a aceleração do ritmo de crescimento de pragas florestais e a necessidade de irrigação dos plantios, entre outros. Para mitigar esses potenciais riscos, a Companhia investe em uma série de ações nas frentes de fitossanidade, biotecnologia e melhoramento genético, com resultados práticos, como o melhoramento genético do pínus para adaptação a essas circunstâncias e considerando as projeções de aumento de temperatura para a região Sul do Brasil.

Saiba mais detalhes sobre os riscos climáticos identificados no tópico TCFD.

Materialidade

Problema material Das Alterações Climáticas
Caso de negócios Gestão das mudanças climáticas faz parte da estratégia da Klabin e está integrada à agenda de riscos e oportunidades para os negócios da Companhia e seus stakeholders. Entre os principais princípios norteadores estão nossa Política de Sustentabilidade e as Diretrizes para a Gestão das Mudanças Climáticas - Mitigação e Adaptação. Além disso, estamos comprometidos com a Ambição Empresarial por 1,5°C, campanha global da ONU, que visa reduzir emissões considerando ciência e neutralização de emissões até 2050. Os riscos e oportunidades climáticas estão inseridos nos processos de gestão e tomada de decisão da empresa , principalmente as relacionadas ao manejo florestal, pela sua relevância para o negócio. A área de pesquisa florestal - Departamento de Eficiência e Ecofisiologia - monitora possíveis cenários climáticos futuros, desenvolvendo modelagem de dados relacionados a parâmetros climáticos e avaliando o impacto nas florestas plantadas. Entre os riscos potenciais mapeados está, por exemplo, o aumento da temperatura na região onde está localizada a principal área florestal da Klabin.
Impacto nos negócios Riscos
Estratégias de negócios A Companhia possui um histórico de investimentos e adoção de tecnologias de baixo carbono o que permitiu que nos últimos anos (2003 - 2020) tenha ocorrido uma queda de 64%* nas emissões de CO2 equivalente por tonelada de produto gerado. Reforça-se que entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Klabin (KODS) está o compromisso de desenvolver metas de redução de carbono baseadas na ciência. Isso significa que as metas de redução de carbono da Klabin são desafiadoras e foram aprovadas pela iniciativa Science Based Target (SBTi), alinhadas ao desafio global de limitar o aumento médio de temperatura conforme o Acordo de Paris. Na linha de adaptação ou riscos/oportunidades climáticas, a Companhia segue as recomendações da Força-Tarefa de Divulgação Financeira Relacionada ao Clima. Em 2020, a Klabin tornou-se “Apoiadora do TCFD”, tendo implementado e aprimorado ações nos pilares de governança, estratégia, gestão de riscos e metas/métricas.
Meta de longo prazo i. Reduzir as emissões de GEE de escopo 1 e 2 em 25% por tonelada de celulose, papel e embalagem até 2025 e 49% por tonelada de celulose, papel e embalagem até 2035. ii. Captura líquida de 45 milhões de toneladas de CO₂eq da atmosfera entre 2020 e 2030.
Ano alvo 2035
Remuneração executiva OBJETIVOS - Cumprimento de metas vinculadas ao tema pelos executivos

Atualizado e verificado em: 22/06/2023